segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Governo realiza primeira edição da Feira da Agricultura Familiar em Lagarto

Aracajú (Segunda-feira, 31-10-2011) A primeira edição do projeto ‘Feira da Agricultura Familiar’ no município de Lagarto aconteceu no último sábado com a comercialização de produtos cultivados de forma convencional e orgânica. A feira acontecerá todos os sábados na Praça Filomeno Hora, das 6h às 12h. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Atualmente, as feiras já acontecem com periodicidade semanal em Ribeirópolis e Socorro. Em Aracaju as edições são quinzenais. Além destas três cidades e de Lagarto, em médio prazo a meta do Governo do Estado é disponibilizar ferramentas para que os agricultores de Boquim, Simão Dias, Umbaúba, Estância, Neópolis, Propriá, Japoatã, Monte Alegre e Poço Redondo também passem a produzir alimentos de origem agroecológica.

Município de Lagarto (SE) terá feira orgânica todos
os sábados
A edição da feira de Lagarto foi aprovada pelos consumidores e feirantes. A consumidora Luciana da Silva Ramos, apreciou a qualidade dos produtos comercializados. “Ouvi a propaganda da feira em uma rádio da cidade e gostei da novidade. Como ouvi que muitas frutas e verduras são sem agrotóxicos, esperei para fazer a feira hoje”.

Também para a consumidora Elizabete Cerqueira, a satisfação em participar da feira não foi diferente. “Posso garantir que vou virar cliente dessa feirinha. Comecei a fazer minhas compras e percebi que os produtos são fresquinhos, colhidos da horta há pouco tempo. Vou levar para casa muitas folhagens”.

A feirante Suelen Santos Melo participou pela primeira vez da feira e garante voltar mais vezes. “Para o dia da estreia da feira, posso dizer que a venda está muito boa. Já estou empolgada para voltar mais vezes. Garanto que todo sábado estarei aqui”, ressaltou.

A diretora do departamento de Renda e Cidadania da Seides, Heleonora Cerqueira, destacou a expectativa para o sucesso da feira de Lagarto. “Torcemos para que essa feira seja sempre um grande sucesso de público, para que os vendedores consigam vender seus produtos com lucro certo e a população saia sempre satisfeita, como já tem acontecido em outras cidades”.

Para o secretário de Agricultura de Lagarto, Antônio Carlos Nogueira, a feira é mais uma oportunidade que o agricultor familiar escoar seus produtos. “Essa feira é benéfica tanto para o consumidor, quanto para o vendedor. O feirante escoa seus produtos e recebe o valor bruto da venda, eliminando o atravessador”.

Cariocas prestigiam evento que incentiva os hábitos sustentáveis

Rio de Janeiro (Segunda-feira, 31-10-2011) Com programação dedicada a adultos e crianças, os cariocas conferiram neste domingo, o evento “Um dia para sempre”, que teve como principal objetivo, conscientizar a população a adotar hábitos sustentáveis para o planeta. O evento aconteceu no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.

O evento foi idealizado pelo ator Marcos Palmeira, que tem uma produção de alimentos orgânicos na Região Serrana do estado. "Acho que a ideia é de a gente ter um dia voltado para sustentabilidade, para a qualidade de vida das pessoas, e apresentar um pouco o que que é produto orgânico, ensinar as crianças a reciclar o lixo, ensinar as crianças a plantar muda. Nós vamos ter peças, vamos ter oficinas. Hoje é um dia muito feliz. Uma atitude sua hoje para o bem pode se multiplicar".

Iniciativa positiva

Para a professora Dirce Vieira Lima, que mora em Niterói, na Região Metropolitana, a iniciativa é positiva. “Eu acho a iniciativa do evento fantástica. Eu já consumo produtos orgânicos. Lá perto da minha casa tem um mercado já muito antigo, que trabalha com orgânicos.Eu não abro mão de comer uma verdura, um tomate e sempre que posso legumes. Eu vim mais para ver o que tem porque acho que vale a pena”.

No local os visitantes contaram com ateliês de reciclagem, artes com argila, trupes de palhaços, feira e restaurante de alimentos orgânicos. Além das atrações, houve um ciclo de palestras com o pediatra Daniel Becker, a nutricionista Patrícia Davidson Haiat, o jornalista André Trigueiro e o próprio Marcos Palmeira.

Começa hoje o Papaya Brasil 2011

Porto Seguro (Segunda-feira, 31-10-2011) Começa nesta segunda-feira, o Papaya Brasil 2011: V Simpósio do Papaya Brasileiro, principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva do mamão. Durante toda a semana (até 4 de novembro), pesquisadores, professores, extensionistas, produtores e estudantes vão se reunir no Náutico Praia Hotel & Convention Center, em Porto Seguro (BA), para trocar experiências e informações científico-tecnológicas, sob o tema “Inovação e sustentabilidade”.

Evento acontece até o dia 4 de novembro em Porto Seguro
O evento é organizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), com o apoio de diversas instituições parceiras.

Programação

Serão sete painéis, abrangendo 27 palestras, sendo três palestrantes internacionais, que vão tratar de melhoramento genético, do mercado internacional e das perspectivas do processamento de mamão em âmbito mundial. “Para isso, traremos o pesquisador Somasundaram Rajarathnam. A participação desse pesquisador indiano é uma novidade.

A Índia é nosso principal competidor em termos de mercado mundial de mamão. Então, ele vai nos trazer o cenário da cultura do mamão hoje naquele país e nos apontar os problemas que enfrentam no que diz respeito à exportação.

A presença de um importador de mamão como palestrante em nível internacional também merece destaque por abordar aspectos relacionados à chegada dos frutos que exportamos para a Europa e Estados Unidos”, acrescenta o presidente da comissão organizadora, o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Jorge Loyola.
A programação completa está disponível no site: http://www.papayabrasileiro.com.br

Inverno rigoroso deve beneficiar vinicultores do Paraná

Campos Gerais (Segunda-feira, 31-10-2011) Se a safra passada não foi das melhores, em razão das chuvas que causaram doenças e reduziram a produtividade, neste ano, se depender do clima verificado até agora, as uvas serão da melhor qualidade, e em grande quantidade.

Segundo José Roberto Tosato, engenheiro agrônomo Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado Agricultura Abastecimento (Deral-SEAB), neste ano os resultados dos vinicultores prometem ser melhores que os do ano passado em razão das características do inverno.

“O inverno deste ano favoreceu as viníferas porque tivemos frio rigoroso quase todo dia, prolongado, e a ocorrência de geadas. Na região dos Campos Gerais, isso foi benéfico para a fruticultura em geral, porque as árvores frutíferas necessitam de baixas temperaturas durante o período de brotação, de formação das gemas”, explica Tosato.

Segundo ele, o período compreendido entre julho e a primeira quinzena de setembro é determinante para o bom desenvolvimento dos frutos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas

Araxá (Terça-feira, 25-10-2011) A agricultura é uma das maiores atividades do nosso país, gerando muitos empregos e movimentando a nossa economia, além de nos fornecer uma grande variedade de tipos alimenares. Coma necessidade de se poluir menos, foram feitos alguns estudos resultando nos produtos orgânicos.

Os alimentos orgânicos são cultivados sem nenhum tipo de química: agrotóxico, adubos ou fertilizantes. Os produtos apresentam crescimento natural, preservando o solo da contaminação e conseqüentemente os lençóis freáticos, animais e o consumidor.

No ano de 1990 foi criado o “selo verde”, usado para identificar esses produtos e dar segurança ao consuidor de que tal alimento foi cultivado de forma que não polui o meio ambiente. Esse selo ainda é usado, auxiliando-nos na hora das compras.

Dois anos após foi realizada a ECO92, na cidade do Rio de Janeiro, criando o termo sustentabilidade, a integração do meio ambiente com o desenvolvimento econômico de uma forma balanceada visando o crescimento controlado.

As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas, dentre elas a maior concentração de nutrientes, a maior durabilidade, o sabor totalmente real, a isenção de prejuízos à saúde, etc. A única desvantagem atualmente encontrada é o preço do produto, chegado a custar três vezes mais que o produto não orgânico.

A cada dia surgem novas alternativas para cultivo de produtos orgânicos, seja nas hortas em lotes, mandalas com peixes, a pequena lavoura do produtor que sai vendendo de porta em porta, ou até mesmo a própria hortinha no quintal de casa. Ideal seria um preço acessível a todas as camadas da população.

Porém, lembrem-se que as formas de produção estão ao alcance de todos e parte de nós a vontade de eliminar de vez do nosso cardápio os agrotóxicos, adubos e fertilizantes.

Paulo Henrique Leite – Diário de Araxá

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Exame simples revela colesterol

Rio de Janeiro (Segunda-feira, 24-10-2011) A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que as doenças cardiovasculares ocupam, no Brasil, o primeiro lugar entre as causas de mortalidade. E o colesterol elevado é um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Para descobrir a quantas está sua saúde, o primeiro exame a ser solicitado pelos médicos exige apenas uma picadinha no braço ou no dedo. Pode parecer simples, mas esta é a forma mais eficaz para revelar a presença de gorduras indesejadas na corrente sanguínea, já que o colesterol elevado não apresenta sintomas.

Rápido e altamente confiável, o exame laboratorial, chamado de perfil lipídico, necessita de 12 horas de jejum para ser realizado. “Deve-se evitar excessos alimentares, álcool e atividades fora da rotina nos três dias anteriores exame”, explica a cardiologista Tânia Martinez.

Exame para detectar diabetes é simples e rápido
Menos invasiva e ainda mais ágil, a punção digital, exame que analisa apenas uma gotinha de sangue, é ideal para avaliar o colesterol da população, técnica normalmente utilizada em grandes campanhas e ações.

O objetivo do exame de sangue é analisar, além do nível de colesterol total no organismo, índices de LDL (lipoproteínas de baixa densidade), popularmente conhecido como “colesterol ruim”, de HDL (lipoproteínas de alta densidade), o "colesterol bom” e triglicérides.

Prevenção

A prevenção do colesterol e a conquista de uma vida saudável estão diretamente ligadas à boa alimentação e à prática de exercícios físicos regulares. Consultar-se anualmente com um cardiologista aumenta as chances do diagnóstico precoce, reduzindo a ocorrência de doenças graves e acelerando o início do tratamento.

Uma dieta equilibrada, com pouco sal, rica em frutas, verduras, legumes, fibras e com restrição de gorduras também é fundamental. E engana-se quem acha que somente os gordinhos podem sofrer deste mal. “Pessoas magras com alimentação desregrada podem ter alteração nos níveis de colesterol. É necessário que se faça exames periodicamente para o acompanhamento dos níveis”, frisa a nutricionista Bernardete Azevedo.

O que é

O colesterol é uma molécula similar à gordura que age na composição da membrana que envolve as células, é essencial para a fabricação de hormônios e na composição da vitamina D, necessária para os ossos e para o crescimento. Obtido nos alimentos de origem animal ou produzido pelo fígado, ele circula por todo o corpo, mas não é solúvel no sangue.

Problemas podem ocorrer, especialmente, quando se ingere alimentos que contenham colesterol em demasia, como carnes gordas e ovos. O excesso se deposita nas artérias, formando placas que podem endurecê-las e entupi-las, e o processo pode gerar problemas cardiovasculares.

RS lança comitê da Campanha contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida

Porto Alegre (Segunda-feira, 24-10-2011) A campanha reúne mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas, estudantes, organizações ligadas à saúde e grupos de pesquisadores. O principal objetivo é abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades.

Campanha reúne mais de 30 entidades do RS
A partir da conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados a partir do uso dos agrotóxicos, a campanha pretende ajudar na construção de formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas.

Outro campo de atuação da campanha é o anúncio da possibilidade de construção de outro modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa e agroecológica. Através da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida é possível acessar estudos que comprovam que essa forma de produzir é viável, produz em quantidade e em qualidade suficientes para abastecer o campo e a cidade.

Assim, a proposta é avançar na construção destas experiências, que são a única saída para esse modelo imposto, que concentra riquezas, expulsa a população do campo e produz pobreza e envenenamento. Produzir alimentos saudáveis com base em princípios agroecológicos, em pequenas propriedades, com respeito à natureza e aos trabalhadores é a única forma de acabar com a fome e de garantir qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.

O Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida vai também auxiliar na criação e ampliação de comitês municipais - como já ocorre em Pelotas, dentre outros municípios - planejar atividades de formação e distribuição de material informativo.

PRATO ENVENENADO

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um milhão de toneladas de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag).

Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras do país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.

O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do agronegócio, modelo de produção que concentra a terra e utiliza quantidades crescentes de venenos para garantir a produção em escala industrial.

Desta forma, o uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960. Com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola, o campo passou por uma "modernização" que impulsionou o aumento da produção, mas de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos [adubos, sementes melhoradas e venenos].

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de US$ 7 bilhões em agrotóxicos. Todo este mercado se concentra nas mãos de apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.

Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde.

Programa auxilia diabéticos e hipertensos na promoção da saúde

Rio Claro (Segunda-feira, 24-10-2011) A Fundação de Saúde de Rio Claro (SP), por meio da equipe da Unidade Básica de Saúde Oreste Armando Giovanni, promoveu na última sexta-feira o encontro dos portadores de diabetes e hipertensão atendidos naquela unidade. As atividades foram desenvolvidas na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade.

Os presentes participaram de uma caminhada e assistiram a palestras com temas voltados à prevenção de doenças, educação no trânsito e alimentação saudável, além da importância de atividades físicas na terceira idade como forma de melhorar a qualidade de vida.

Encontro dinâmico instruiu sobre a busca de uma
vida mais saudável por meio da alimentação
correta, atividade física e outras estratégias
para o bem-estar
Atualmente, a Unidade Básica de Saúde possui 400 pessoas cadastradas no HiperDia, programa direcionado a hipertensos e diabéticos. Segundo o coordenador da unidade, César Augusto Bergamaschi, o programa é muito importante para melhorar e estimular a busca por mais benefícios à saúde de quem sofre com essas doenças. “O encontro complementa o programa, uma vez que apresenta atividades que estimulam os diabéticos e hipertensos a desenvolver hábitos de vida mais saudáveis”, completa o coordenador.

Dessa forma, o HiperDia, Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus, está em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde.

Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo em que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico dessa população e o consequente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, à melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e à redução do custo social.

Nesse intuito, o encontro buscou promover a saúde e prevenir doenças crônicas. “A UBS 29 se envolveu no planejamento da atividade que levou informação aos hipertensos e diabéticos, além de proporcionar integração entre os participantes”, explica a enfermeira Fabiana Almeida Mota.

Com informações do Jornal da Cidade de Rio Claro

Aprenda a cozinhar para crianças de forma saudável

São Paulo (Segunda-feira, 24-10-2011) No passado as crianças costumavam comer mais verduras, frutas e legumes, mesmo que não apreciassem o sabor dos alimentos, já que muitas das guloseimas de hoje em dia eram inexistentes. Acontece que atualmente os pais têm dado preferência a pratos congelados e muitos não se esforçam em criar o hábito de pratos coloridos e nutricionalmente adequados para os pequenos, contribuindo para aumentar consideravelmente os níveis de obesidade entre a garotada.

Enquanto muitos pais simplesmente desistem de fazer os filhos terem uma alimentação adequada, pesquisadores norte-americanos descobriram que as crianças aceitam melhor os vegetais amassados e disfarçados no meio de outros pratos, muitas vezes sem ao menos notar a presença dos legumes.

Barbara Rolls, professor a de ciência nutricional na Penn State University (EUA), defendeu a prática: "algumas pessoas contestam que esconder os vegetais no meio do prato é decepcionante e sugere que o alimento inteiro não é aceitável. Eu discordo. Pais adaptam receitas o tempo todo e podem conseguir bons resultados dessa forma".

Maneiras simples de fazer as crianças comerem
frutas e verduras
E a pesquisadora está certa, já que ao longo das pesquisas, foram servidos alimentos com purê de legumes disfarçado a 39 crianças entre três e seis anos. Elas provaram pratos conhecidos, como pães, macarronada e frango ensopado. Embora as receitas tenham sido modificadas ao receber purês de brócolis, couve-flor, abobrinha e até tomate, tendo suas calorias reduzidas entre 15 e 25%, os pequenos não notaram a diferença. Com isso, ingeriram duas vezes mais vegetais do que fariam normalmente e reduziram em 11% a quantidade de calorias consumidas.

Barbara confirmou ao site neo-zelandês Body+Soul que tanto adultos quanto crianças devem consumir duas porções de frutas e cinco de vegetais por dia, sendo que cada porção equivale ao que cabe na palma das mãos. Clare Evangelista, porta-voz da Associação de Nutricionistas da Austrália alertou que muitos estudos demonstraram que os filhos imitam os hábitos alimentares dos pais. Assim, é preciso prestar atenção também na sua alimentação.

"Envolver as crianças no processo de compra e preparo do alimento também é uma maneira de enfatizar a importância de consumir frutas e vegetais", ensinou Clare, que ainda propôs que os pais tentem plantar uma pequena horta em casa com os filhos para incentivá-los a comer legumes que eles mesmos plantaram.

Nutrição funcional é a predileta de quem acredita que a boa saúde começa na mesa

Conceito de alimento funcional
tem raízes orientais

Porto Alegre (Segunda-feira, 24-10-2011) Faça este teste. Ao pegar uma laranja na mão, você a encara de que forma: como uma fruta normal ou como uma poderosa fonte de vitamina C que vai ajudar a fortalecer o seu sistema imunológico? Se escolheu a segunda resposta, isso significa que possivelmente você faça parte do grupo de pessoas que acredita no poder de prevenção e tratamento dos alimentos.

Considerar as comidas pelo viés do benefício que elas podem trazer ao organismo é o mantra da nutrição funcional, um olhar da ciência sobre as potencialidades dos nutrientes, que começou a ser difundido na década de 1990, e desde então tem sido alvo de pesquisas no mundo todo.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a doutora em engenharia de alimentos Simone Hickmann Flôres comemora descobertas animadoras. Em uma delas, substâncias antioxidantes presentes em frutas nativas do Estado – a guabiroba e o araçá – protegeram os fígados de ratos quando os mesmos foram lesionados com uma substância antitumoral (cisplatina), cujo efeito colateral é danificar células saudáveis.

“Na comparação que fizemos, os ratos que foram nutridos com as frutas e ração por 28 dias tiveram uma proteção extra no fígado, e os níveis de colesterol e glicose permaneceram estáveis, o que não ocorreu com os ratos que não receberam as frutas. Isso demonstra que os antioxidantes protegeram as células”, explica Simone.


Caracterizado como opção gastronômica que, além de produzir energia para o corpo e nutrição adequada, vai além, auxiliando na prevenção de diversas doenças, o conceito de alimento funcional tem raízes orientais.

Conforme a pesquisadora, certa vez começou a associar-se a longevidade dos japoneses ao que eles consumiam: em geral pratos ricos em soja e peixes de água fria, que contêm altos índices de polifenóis e ácidos graxos, respectivamente. Além do potencial terapêutico, a cozinha funcional também leva em consideração a escolha dos mantimentos, o tipo de cozimento (quanto mais cru, melhor), se é orgânico e a variedade de cores. Para colher os benefícios, sugere-se, por exemplo, consumir cinco porções de frutas, verduras e legumes por dia, ainda que não haja uma comprovação científica.

Enquanto os ácidos graxos são apontados como bons para o sistema circulatório e a atividade cerebral, os polifenóis da soja (isoflavonas) agem como hormônios e também são ricos em antioxidantes. Outros grãos com efeitos similares ao da soja são a quino a e chia. Além desses, outros exemplos considerados funcionais são o ácido oleico do azeite, que ajuda a reduzir o colesterol, os antioxidantes como vitaminas A e E, compostos fenólicos e carotenoides, presentes nas frutas e legumes e também as fibras, que ajudam no funcionamento do intestino. Já os probióticos, presentes nos iogurtes, queijos e leites fermentados, ajudam a regular a flora intestinal.

Outra novidade descoberta pelo Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (ICTA) da UFRGS, sob orientação de Simone, é o poder antioxidante de frutas nativas do Estado, como guabiroba, uvaia, araticum, guabiju, butiá e tuna.

“Descobriu-se que guabiju e a guabiroba têm alto poder antioxidante podendo ser comparado com o mirtilo (blueberry), seguidos do araçá. O conteúdo de vitamina da guabiroba é similar ao de frutas cítricas (laranja, limão) que são conhecidos como fonte de vitamina C. O butiá tem poder antioxidante comparável com o açaí que é considerado atualmente como "superfruta”. Todas as demais apresentaram composição de minerais e vitaminas similares com frutas comumente conhecidas”, relata.

A nutricionista Juliana Rocha acrescenta que os alimentos funcionais vêm sendo estudados pela nutrigenômica, ciência que utiliza dados do mapeamento genético humano para criar cardápios personalizados. Funciona assim: se eu tenho muitos casos de câncer de mama na família, é indicado que eu consuma grandes quantidades de brócolis e linhaça por tempo indeterminado. Ambas as substâncias são ricas em 3-Indol-Carbinol, que promete desativar o gatilho genético para o câncer, atuando principalmente na prevenção à doença.

“ A prevenção é fundamental para evitarmos diversos tipos de doenças. O fator genético não é o único determinante. A comida conversa com os nossos genes”, atesta a nutricionista.

Juliana foi integrada recentemente à equipe de um oncologista para tratar de um paciente com leucemia, em conjunto com a sua equipe. O objetivo é fortalecer o sistema imunológico do rapaz , oferecendo-lhe uma dieta rica em antioxidantes, contribuindo para o tratamento.

De maneira genérica, a medicina vê com menos positivismo a utilização de vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais, fibras, compostos antioxidantes e probióticos para esse fim.

“Ainda será preciso mais trabalhos para demonstrar que os alimentos que contenham essas substâncias realmente funcionem”, ressalta o endocrinologista Giuseppe Reppetto, do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Segundo ele, é possível compreender que fibras diminuam a incidência de câncer no intestino, mas não que, ao comer fibra, não se terá câncer. “Alimentação equilibrada faz bem, mas não podemos ser dramáticos, achar que vamos viver mais por comermos determinados alimentos”, pondera o médico.

Com informações da Agência RBS

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Empresários investem em inovação para conquistar mercado

Manaus (Quinta-feira, 20-10-2011) Ele podia ser apenas mais um entre os milhares de fabricantes de calçados brasileiros. Mas o empresário de Manaus (AM) Aidson Ponciano buscou uma forma de diferenciar seu produto dos mais de 890 milhões de pares de sapatos comercializados no Brasil todos os anos, segundo números da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Há 11 anos o engenheiro aposentado parou de fazer sapatos com couro sintético e utilizar couro de peixe.

A inovação se tornou um atrativo e ele conquistou não só o mercado local, como também outros estados e países (França, Canadá, Estados Unidos e Itália). “Se eu fosse trabalhar com o couro sintético, seria só mais um. Agora eu me destaco no mercado de Manaus e já estou conquistando outras praças”, comemora.

Fabricantes de estados da Amazônia Legal apostam em produtos
diferenciados para ganhar espaço.
Todos os meses são produzidas em torno de 500 peças, entre os sapatos de couro de peixe e as bolsas feitas de fibras naturais e madeira. Os preços podem variar de R$ 35 a R$ 1,5 mil. As peças são personalizadas e feitas manualmente - oito em cada dez são vendidas para turistas que se interessam pela diversidade da região.

Aidson é um dos expositores da feira montada dentro do Amazontech 2011. O evento, que foi aberto nesta terça-feira (18), se estenderá até o próximo sábado (22) em Palmas (TO). Cerca de 35 mil pessoas devem visitar o local, que reúne representantes dos nove estados da Amazônia Legal.

O objetivo é gerar oportunidades de negócios sustentáveis e disseminar o conceito de inovação entre os empreendedores da região. “As pequenas empresas têm de colocar o tema da inovação em sua agenda se quiserem ser competitivas e sustentáveis a longo prazo”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Produzir algo diferente do tradicional foi o que também buscou o ex-bancário mato-grossense Paulo Sérgio Mello. 

Há cinco anos ele decidiu que vender peças de roupas tradicionais não iria diferenciá-lo do mercado e, assim, garantir uma clientela. Paulo optou por fabricar camisetas que fossem feitas exclusivamente de tecidos naturais ou reciclados. As que não são feitas de fibras naturais, como linho ou fibra do bambu, por exemplo, são fabricadas com tecido reciclado de garrafas pet.

“Minha ideia era buscar um caminho diferente e a resposta foi o conceito ecológico. Não queria ser mais uma loja de roupas no shopping, queria fazer algo diferente”, conta. A malha é comprada de fabricantes da região Sul, mas não é fácil de ser encontrada no mercado, segundo Paulo Sérgio.

Atualmente ele produz cerca de 600 camisetas por mês e já possui representantes em três cidades diferentes.

Feira de Economia Solidária vai congregar mulheres artesãs com artistas de Embu das Artes

Embu das Artes (Quinta-feira, 20-10-2011) A Feira de Economia Solidária é uma organização do movimento de mulheres da Rede de Educação Cidadã, Marcha Mundial das Mulheres e do Empório Maria Mariá. Serão 10 barracas que irão expor a produção de cerca de 40 grupos de mulheres que produzem artesanatos em tecido, crochê, material reciclável, fuxico, biscuit, materiais em madeira, produtos de alimentação e ecológicos como sabão, saco de lixo e outros produzidos a partir da reciclagem, além de alimentação orgânica, que também será vendida.

Como informou a educadora Fabiana Ivo da Rede de Educação Cidadã, a Feira foi criada pelo Fórum Permanente de Mulheres, que entende que a convivência e o estudo aprofundado da economia potencializam na prevenção da violência domestica e é um dos meios de superá-las.

Feira pretende divulgar o trabalho das mulheres
assistidas pelo projeto Empório Maria Mariá
Trata-se da feira de mulheres que é realizada normalmente desde 2003 junto ao Empório Maria-Mariá do Jardim Ângela em São Paulo (que é um espaço de formação e requalificação de mulheres em situação de violência e vulnerabilidade social). Segundo Fabiana, toda a produção baseada na economia solidária é feita sem fins lucrativos, sem exploração da mão-de-obra, do solo e dos recursos naturais e preza pelo respeito ao meio ambiente e ao ser humano. E com uma concepção de preço justo se comparado ao mercado formal.

“Além de ser um espaço de ensino-aprendizagem para as mulheres, com temas de formação: cooperativismo, associativismos, precificação, estudo de mercado, etc, a Feira de Economia Solidaria e Feminista é um momento de visibilizar o trabalho e a produção das mulheres, potencializar a economia solidaria que enfrenta cotidianamente o sistema capitalista e patriarcal e contribuir com a autonomia econômica das mulheres.” – disse Fabiana.

Além das 10 barracas do movimento de mulheres haverá também as barracas de vários artistas de Embu das Artes que, além de exporem suas obras, irão criar e realizar obras ao vivo para deleite e apreciação dos turistas. Até o momento estão confirmados pintores como Monica Alvarenga, Olavo Campos,Silvia Maia, Jaime Mendonça,artesanatos de Lu Rocha e Itamar (que exporá presépios), ceramistas do Memorial Sakai e uma barraca de sebo de livros de política e religião com Paulo Dud.

O 8º Encontro Nacional de Fé e Política realizará em Embu das Artes uma Feira de Economia Solidária de organizações feministas em conjunto com alguns dos melhores artistas da cidade.

A Feira será realizada junto do Encontro, atrás do Caipirão, nos dias 29 e 30/10, e aberta ao público.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Seminário de Cultura e Educação Alimentar no SESC Santos

Santos (Quarta-feira, 19-10-2011) O programa Mesa Brasil SESC e o SESC Santos realizam, nos dias 20 e 21 de outubro, o Seminário de Cultura e Educação Alimentar com transmissão ao vivo pelo Portal do SESCSP.

A alimentação é um direito humano assegurado pela política nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que determina o acesso a alimentos de qualidade e quantidade adequada, por meio de práticas alimentares saudáveis, respeitando a diversidade cultural e sendo social, econômica e ambientalmente sustentável.

Dentro deste conceito, considera-se que a importância da alimentação não se restringe ao aspecto nutricional, reforçando a preocupação com a preservação da cultura alimentar de cada povo. Isto significa dizer que os estudos da antropologia da alimentação possibilitam a compreensão sobre o que somos através do que comemos e resgatam o modo de preparo, ingredientes e condimentos do cardápio de antepassados.

Assim, o conhecimento sobre a comida e o comer assume desde cedo uma posição fundamental no aprendizado social por sua natureza vital e cotidiana. A educação alimentar deve ser uma ferramenta para estimular a população, sociabilizando conhecimento sobre a alimentação, a prevenção dos problemas nutricionais do contexto atual e a preservação de hábitos alimentares tradicionais.

Neste sentido, atendendo ao caráter educativo e propositivo do programa Mesa Brasil SESC, o SESC Santos realiza o Seminário de Cultura e Educação Alimentar. A iniciativa democratiza o conhecimento sobre o Direito Humano a alimentos seguros e saudáveis, enfatizando a valorização da cultura e da educação alimentar, com o intuito de promover o resgate, difusão e a preservação deste aspecto do patrimônio cultural.

Novas técnicas no plantio da mandioca

Salvador (Quarta-feira, 19-10-2011) Novos materiais genéticos e novas técnicas de manejo da cultura da mandioca foram apresentadas a cerca de 200 pequenos produtores em um dia de campo realizado em Barrolândia, no sul da Bahia. A iniciativa resultou de uma parceria entre Embrapa, EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), Secretaria de Agricultura da Bahia e Ceplac (Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira) e a Veracel Celulose, empresa onde a Stora Enso detém 50% do capital.

O dia de campo em Barrolândia ocorreu um ano após o plantio de algumas variedades de mandioca selecionadas pela Embrapa e apresentou os significativos resultados de aumento da produtividade obtidos sob as condições de solo e clima local em comparação com o material e forma de manejo tradicionais na região.

Os participantes de sete municípios do Extremo Sul Bahiano conheceram as vantagens de corrigir a acidez do solo e usar adubação, inclusive da adubação orgânica produzida a partir de resíduos da produção de celulose, cujo teste de campo foi superior aos adubos químicos.

Eles também visualizaram no campo a performance das novas variedades e obtiveram informação sobre o desempenho das mesmas na produção de farinha e outros produtos derivados. A Veracel se comprometeu a enviar o material genético melhor adaptado para que seja multiplicado por grupos de agricultores na região. “É importante frisar que a agricultura, independente do seu tamanho, precisa ser suportada por tecnologia”, diz Otávio Pontes, vice-presidente da Stora Enso na América Latina.

Outros aspectos abordados no dia de campo foi o consórcio da mandioca com outras culturas, as técnicas para conservação de solos, as melhores práticas no manejo da mandioca, apresentação de mais de 100 produtos feitos a partir daquela planta, suas propriedades nutricionais na alimentação humana e o uso da manipoeira (subproduto da produção de farinha, amido, e povilho ou goma) para adubação agrícola.

“Esse evento teve apoio da Ceplac, que cedeu a área para os experimentos, e foi orientado pela Embrapa - Mandioca e Fruticultura - que ajudou a desenhar o projeto e cedeu material genético. O EBDA participou do painel da cadeia produtiva da mandioca, trazendo diversos produtos que a compõem.

As secretarias municipais de agricultura de sete cidades foram responsáveis pelo convite e mobilização dos agricultores da região. Este evento somou os pontos fortes de cada um e contam com o melhor de cada instituição”, explica Otávio Pontes.

O objetivo da iniciativa é aumentar a produtividade e valorizar o produto, utilizando tecnologias ao alcance do pequeno agricultor e favorecendo o aumento de sua renda. “A presença de um grande público ressalta a importância da cultura da mandioca para a econômica e para as famílias locais” , diz Pontes.

Plantação de orgânicos já cobrem 35 milhões de hectares em todo o mundo

São Paulo (Quarta-feira, 19-10-2011) Um levantamento realizado pelo Projeto Organics Brasil mostra um perfil sobre o cultivo dos orgânicos no mundo e, em especial, no Brasil. Segundo o coordenador-executivo do projeto, Ming Liu, no mundo há 35 milhões de hectares cultivados com orgânicos, reunindo 1,4 milhão de produtores, sendo que a Índia tem 340 mil produtores orgânicos, Uganda 180 mil e o México 130 mil. As informações foram compiladas a partir de dados da IFOAM e, no caso do Brasil, do Censo 2006 do IBGE.

Ming Liu coordenador-executivo do Organics Brasil
No Brasil, o terceiro maior em área cultivada com orgânicos no mundo, com 1,767 milhão de hectares (antecedido pela Austrália, com 12,02 milhões de hectares e Argentina, com 2,78 milhões de hectares), há um total de 90 mil produtores rurais orgânicos, tanto certificados quanto não-certificados. Quanto à área cultivada, o Brasil supera até mesmo os Estados Unidos, que têm 1,64 milhão de hectares cobertos com lavouras e pecuária orgânicas.

Em relação à área certificada com atividades extrativistas, o Brasil, com 6,18 milhões de hectares, pula para a segunda posição, ficando atrás da Finlândia, que dispõe de 7,4 milhões de hectares. Zâmbia, na África, vem em terceiro lugar, ccom 5,37 milhões de hectares.

Apurada a produção orgânica por continente, Ming Liu destaca que a Oceania é o que tem maior área orgânica cultivada no Planeta, com 12,1 milhões de hectares. Além disso, cada um dos 7.749 produtores dispõem, em média, de 1.561 hectares para atividades orgânicas.

Em segundo lugar, o continente latino-americano, que explora 8,2 milhões de hectares de forma orgânica, distribuídos entre 260 mil produtores, dando a média de 31 hectares por produtor. Em terceiro, a Europa, com 8,1 milhões de hectares, 220 mil produtores e 37 hectares por produtor. Em quarto lugar, a Ásia, com 3,3 milhões de hectares cultivados, 400 mil produtores e 8 hectares de área por agricultor orgânico. Em quinto, a África, com 900 mi hectares, 470 mil produtores e apenas 2 hectares por produtor.

Embora a Lei dos Orgânicos, que passou a vigorar em janeiro deste ano, determine que só poderá ser comercializado produto orgânico com certificação, sendo que a certificadora tem de ser acreditada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nos idos de 2006 (dados do Censo do IBGE), a realidade da certificação ainda estava longe de chegar aos produtores, conforme a palestra de Ming Liu. “Naquele ano, dos 90.948 produtores orgânicos brasileiros, ínfimos 5,6%, ou 5.106 produtores tinham certificação”, diz Ming Liu. Com a Lei dos Orgânicos, porém, esta realidade forçosamente terá de mudar.

Ainda sobre a certificação, o Paraná é o Estado com maior número de produtores certificados em também com a maior diversidade de produtos orgânicos certificados (49 tipos de atividades). Em relação à área certificada, Piauí é o Estado com maior área, seguido de Minas Gerais e Mato Grosso.

O Projeto Organics Brasil, do qual Ming Liu é coordenador-executivo, é ação conjunta da iniciativa privada com o Instituto de Promoção do Desenvolvimento e da Apex-Brasil. Atualmente, o Organics Brasil tem 72 empresas associadas, voltadas à produção de orgânicos processados para exportação. As 72 empresas faturaram, em 2010, US$ 108,2 milhões e a previsão para 2011 é de crescimento de 20%.

Arroz sem crise

Porto Alegre (Quarta-feira, 19-10-2011) Preço de produção de R$ 980 por hectare, ante o dobro na lavoura convencional. Lucratividade de 30% a 35%, ante prejuízo na lavoura convencional, na atual crise por que passa a cultura do arroz. Produtividade praticamente igual à de um plantio convencional. Mas, principalmente, autonomia. O produtor sabe o que produz, quanto produz, domina toda a cadeia, da produção de semente ao plantio, colheita, secagem, beneficiamento, embalagem e comercialização.
Quem plantou arroz sob os princípios da agricultura orgânica no Rio Grande do Sul nesta safra não teve prejuízo.

Com um custo de produção bem menor, o baixo preço pago ao produtor pela saca de 50 quilos, que chegou a R$ 17 nos piores dias – hoje está por volta de R$ 25 – ainda permitiu lucro às 407 famílias de cooperados da Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs), com plantios em Eldorado do Sul e mais 12 municípios da região.

Plantação de arroz no Rio Grande do Sul gerou lucro para os produtores
Produtores convencionais fronteiriços aos orgânicos começam a perceber que de loucos os vizinhos não têm nada. “Há dez anos, quando começamos, era isso o que os arrozeiros convencionais pensavam dos assentados”, diz o presidente da Coceargs e produtor de arroz orgânico Emerson Giacomelli. “Hoje eles querem saber como fazemos para ter lucro no meio desta crise”, comenta o presidente.

O arroz orgânico dos assentados, cuja produção é de 300 sacas de 50 quilos por safra e 20 mil sacas de sementes orgânicas, é vendido sob a marca Terra Livre, em mercados públicos, na merenda escolar, em feiras. O preço ao consumidor? R$ 1,60 por quilo, diz Giacomelli. Também não fica nada a dever ao arroz convencional.

Há dez anos os assentados, que já produziam arroz, partiram para o cultivo orgânico. “Foi uma decisão política”, explica Giacomelli. “Se continuássemos no convencional, teríamos quebrado”, diz, com toda certeza e lembrando de vários amigos arrozeiros que continuam no plantio convencional. E quebraram. “Nós entramos na crise, mas não quebramos com a crise.”

O grande segredo disso, acredita Giacomelli, é o baixo custo de produção, de R$ 15 a R$ 16 por saca, ante R$ 28 no plantio convencional. “Tem assentado nosso que até consegue baixar ainda mais este custo”, diz. O presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Brayer Pereira, lembra que 70% dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul (são 18 mil) plantam menos de 60 hectares. “Uma área perfeitamente viável para ser convertida à agricultura orgânica”, defendeu, na segunda-feira, durante seminário na Expointer sobre a cultura do arroz.

O principal gargalo da produção, porém, continua sendo a comercialização, diz Giacomelli. “Ainda não conseguimos escoar 100% da produção; é complicado encontrar compradores de arroz orgânico”, diz o rizicultor, acrescentando que os grãos ficarão estocados até que sejam vendidos como foram produzidos e merecem: como arroz orgânico. “É uma das vantagens deste cereal, que pode ser armazenado por tempo indefinido”, diz ele, muito satisfeito com a opção feita pelos assentados há dez anos. “Descobrimos o gostinho da autonomia”, finaliza.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Família do interior de Goiás receberão alimentos orgânicos

Vianopolis (Terça-feira, 18-10-2011) Com o intuito de contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar no Território da Estrada de Ferro, em Vianópolis (GO) vai ser realizada de 28 a 30 deste mês a Feira da Agricultura Familiar da região.

Produtores de 14 cidades estarão na feira em Vianópolis (GO)
Produtores rurais de 14 cidades vão expor e vender derivados de mandioca e cana-de-açúcar, além de açafrão e alimentos orgânicos. Móveis e tecidos fabricados artesanalmente também compõem a mostra.

A feira acontece no Centro de Comercialização da Agricultura Familiar do Território, no município de Vianópolis. Vai ter também a entrega do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável da Estrada de Ferro, agendada para as 15 horas da sexta-feira, dia 28; além de apresentações culturais e folclóricas. A feira tem apoio da Seagro e da Emater.

Escoteiros incentivam população ao uso de orgânicos

Jaraguá do Sul (Terça-feira, 18-10-2011) O Grupo Escoteiro Jacoritaba realizou no último sábado durante o evento Semearh na Praça, o 13° Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Comunitária, que este ano tem como tema “Alimente esta Ação”.

Comunidade participou das atividades 
Durante toda a manhã os escoteiros demonstraram o preparo de alimentos com reaproveitamento alimentar, degustação de alimentos, preparo e degustação de sucos saudáveis, distribuição de receitas, de sementes de hortaliças, demonstração de hortas para pequenos espaços, demonstração de produtos orgânicos, entre outros.

O Banco de Leite Humano do Hospital e Maternidade Jaraguá também participou dando orientações. Os escoteiros tiveram atividades internas e no sábado interagiram com a comunidade jaraguaense, levando na prática o slogan “Alimente esta Ação”, com isso tendo maior alcance dos objetivos.

“Copa do Mundo verde” pode ser implantada no Brasil

Manaus (Terça-feira, 18-10-2011) Alternativas sustentáveis para uma Copa verde em Manaus, foi o assunto abordado nesta segunda-feira na oficina "Pegada de Carbono", realizada pelo coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA), João Talocchi. O objetivo da oficina, que termina hoje, é mostrar como a experiência de Londres em preparar os Jogos Olímpicos de 2012 de uma maneira sustentável pode ser adaptada para a realidade das cidades brasileiras que serão sede da Copa do Mundo em 2014.

De acordo com o coordenador, o tema da oficina Pegada de Carbono, refere-se à marca que qualquer ação humana vai deixar no meio ambiente, devido à emissão de carbono. Para a Copa de 2014, o Brasil busca subsídios para tornar o evento um exemplo de baixa emissão de gases de efeito estufa.

Algumas alternativas sustentáveis já estão sendo colocadas em prática, segundo João, como a reutilização do concreto do antigo estádio Vivaldo Lima. "O concreto foi triturado e reutilizado no novo estádio, ou seja, não precisou transportar os materiais necessários para fazer um novo concreto. As fiações elétricas e as estruturas metálicas também foram doadas para o interior do estado", ressaltou.

Exemplo utilizado para a Olímpiada de Londres poderá ser
adotado na Copa de 2014
Apesar da iniciativa, questões como infraestrutura, turismo e eficiência energética, ainda precisam ser repensadas e trabalhadas para a Copa. "Precisamos olhar para o resto do projeto. Temos que constuir hotéis que possuam maior circulação de ar , a fim de dimunuir o uso do ar-condicionado; arborizar a cidade; focar na produção de uma 'Copa Orgânica para produção de alimentos orgânicos, dentre outras alternativas", concluiu Talocchi.

Para que essas alternativas sejam consolidadas, foi instalada em Manaus a Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CTMAS), no último dia 10 de outubro, na Sala do Conselho da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).


A CTMAS- Manaus segue as diretrizes da Câmara Nacional de Sustentabilidade, a qual trabalha em projetos para realizar a “Copa Sustentável” em 2014. A Câmara possui foco em cinco eixos temáticos: Construção Sustentável, Copa Orgânica, Parques da Copa, Resíduos e Reciclagem e Mudanças Climáticas. A proposta é desenvolver eixo temáticos, em áreas como turismo, hotelaria, alimentação.

ExpoSustentar 2011 terá workshops sobre orgânicos

São Paulo (Terça-feira, 18-10-2011) Começa no próximo dia 03 de novembro, um dos mais importantes eventos sobre sustentabilidade: o ExpoSustentat 2011. A feira será no Transamerica Expo Center. O ExpoSustentat tem como objetivo reunir empreendedores e produtores interessados em ingressar no mercado de produtos e serviços sustentáveis.

A exemplo da edição do ano passado, devem participar desta edição empresas, organizações e associações de pequenos produtores que estão diretamente envolvidas na produção e comércio com produtos sustentáveis tais como ingredientes naturais para a indústria alimentar e cosmética.

ExpoSustentat começa no dia 03 de novembro
no Transamérica Expo Center
Os principais visitantes da feira são profissionais relacionados ao planejamento, habitação, meio ambiente, regeneração, além de pessoas diretamente envolvidas em negócios sustentáveis, bem-estar comunitário ou no cuidado com crianças e outros profissionais relacionados ao tema.

Um dos temas abordados durante a ExpoSustentat 2011 será a produção de orgâncios. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a produção de orgânicos está diretamente vinculada à agricultura familiar que aglutina 4,1 milhões de unidades produtivas e responde por 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros, representando 10% do PIB nacional. Trabalham na agricultura familiar cerca de 12 milhões de brasileiros.

A agroecologia quer se firmar no semiárido brasileiro

São Paulo (Terça-feira, 18-10-2011) O semiárido brasileiro tem condições de se tornar um grande produtor de alimentos saudáveis. A região ocupa uma área de 975 mil quilômetros quadrados com a participação de 10 estados. Antes o semiárido era considerado uma área improdutiva usada como base de políticas assistencialistas.

Esse tempo ficou para trás: produtores de frutas e de vinhos comprovaram que a terra é fértil. Agora, uma rede de organizações não governamentais quer disseminar a agroecologia junto ao homem do campo, com foco nas comunidades de agricultores familiares.

À semelhança da agricultura orgânica, a agroecologia despreza a monocultura e rejeita produtos químicos. A diferença é que ela abraça as técnicas típicas da cultura de plantio local e as difunde promovendo encontros entre camponeses.

A agricultura familiar abastece 70%
das famílias brasileiras
A agroecologia é ideal para regiões em desenvolvimento. Quem diz isso é a ONU, na análise Agroecologia e o direito à comida. Por abolir o uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos e preconizar a troca de informações entre os camponeses, a agroecologia pode produzir com custos mais baixos e integrar sociedades que vivem afastadas, muitas vezes isoladas de contatos com centros urbanos maiores. O documento também afirma que, se suficientemente apoiada, a produção de alimentos feita com esses princípios pode dobrar em 10 anos e reduzir a pobreza rural.

No Brasil, essas possibilidades poderiam empacar exatamente no “suficientemente apoiada”. Entretanto, ao contrário, a perspectiva é mais otimista, pois o governo federal parece poder dar indiretamente um empurrão no assunto. A ferramenta é o plano nacional de assistência técnica e extensão rural (Ater), que tem como objetivo universalizar as técnicas agrícolas para núcleos de agricultura familiar.

O Ater faz parte das ações para o meio rural do Programa Brasil sem Miséria. Ele é agnóstico quanto à agroecologia. Não a defende ou condena. A pressão para adotar este modelo está sendo feita pelos militantes que atuam nas 750 ONGs vinculadas à Articulação pelo Semi-Árido (ASA), como explica o biólogo Alexandre Pires, coordenador do Centro Sabiá e uma das vozes atuantes na ASA. “Nós defendemos, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, que a agroecologia seja um padrão, incentivado inclusive no momento dos contratos de financiamento dos bancos oficiais”, conta. Até agora, para obter um financiamento, os agricultores devem apresentar projetos que preveem desmatamento, uso de agrotóxico e opção pela monocultura – o contrário do que prega a agroecologia.


O primeiro objetivo do Ater é suprir as necessidades de alimentação dos trabalhadores rurais. O passo seguinte é a comercialização do excedente da produção. Por essa razão, agricultores plantam culturas consumidas na região onde estão inseridos e depois se inscrevem no Plano de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa de Alimentação Escolar (antiga merenda escolar).

O agrônomo Luciano Marçal, da ASPTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, lembra que um dos princípios da agroecologia é a diversificação tanto das colheitas quanto dos mercados. A proximidade é o critério tanto para que os camponeses possam fazer vendas institucionais (à prefeitura, às instituições de acolhimento de idosos, às creches) ou para organizar pequenos mercadinhos e feiras públicas.

Cristina, da Cetra, aponta como um diferencial das feiras agroecológicas a possibilidade do consumidor conversar com o produtor do seu alimento. “Existe um valor nessa relação, na chance que o comprador tem de falar com o homem que trabalhou a terra”.


É jogo de ganha-ganha. Os homens do campo até então desassistidos recebem Ater, os consumidores têm a chance de adquirir alimentos mais saudáveis e o meio ambiente recebe menos fertilizantes, sementes transgênicas e herbicidas.  

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Governo africano incentiva produção de adubos orgânicos

Comuna Chilata: produtores devem aumentar
as áreas de produção orgânica

Huambo (Segunda-feira, 17-10-2011) Os camponeses da comuna da Chilata, 65 quilometros da vila do Longonjo, estão sendo orientados pelo governo local a apostarem na produção em grande escala de adubos orgânicos, dadas as suas múltiplas vantagens em comparação ao adubo químico.

Segundo o governador Fernando Faustino Muteka o uso de adubos orgânicos ajuda a manter a fertilidade dos solos, reduz a incidência de doenças de plantas, além de estar ao alcance de todos os camponeses. "Vocês devem apostar mais na produção do aduboorgânico, fundamentalmente o derivado de excrementos de gado. O adubo químico, além de ser caro, tem muitas consequências negativas para o solo, uma das quais é a infertilidade".

Faustino Muteka apelou também aos camponeses da Chilata para aumentarem as suas áreas de cultivo e diversificarem a produção agrícola, optando por culturas adaptáveis as características do solo e que não demoram muito tempo para serem colhidas.

Deste modo, disse o governador, os camponeses estariam a contribuir de forma mais activa no combate à fome e a miséria no seio das populações que, segundo ele, constituem uma das prioridades assumidas pelo executivo angolano.

A comuna da Chilata fica a 127 quilometros a sudoeste da cidade do Huambo, capital da província, e possui uma população estimada em 21.810 habitantes que se dedicam maioritariamente na actividadeagrícolae na criação de gado bovino, suíno, caprino e ovino, cujos excrementos podem ser utilizados para fertilizar as culturas.

Cadastro Nacional conta com 10 mil produtores orgânicos cadastrados

Brasília (Segunda-feira, 17-10-2011) Cerca de 10 mil agricultores que trabalham com produtos orgânicos estão regularizados desde o fim do ano passado, prazo dado ao setor para a adequação às regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Segundo o Ministério, é possível acessar todas as informações sobre os produtores através do site do órgão e tem como objetivo, possibilitar o controle social da produção orgânica no país.

Através da página na Internet, o consumidor poderá obter informações variadas, como a quantidade de produtores orgânicos em cada região, municípios onde atuam, variedades produzidas e se determinado agricultor que lhe fornece alimentos está cadastrado no banco de dados. O sistema, que será acessado pelo site do ministério, deve ser atualizado periodicamente pelas certificadoras que atestam a produção orgânica.

Até o final do ano, o ministério pretende cadastrar todo o universo de produtores orgânicos, estimado de 15 mil agricultores. Cerca de 80% desse total são agricultores familiares e a escassez de dados dificulta a mensuração e elaboração de políticas públicas para o setor. Mesmo trabalhando com um número que pode estar subestimado, o Ministério acredita que pode haver uma surpresa positiva em relação à quantidade de produtores na atividade.

Agroecologia tenta envolver ser humano e natureza

São Paulo (Segunda-feira, 17-10-2011) Com o conceito que vai além da forma de cultivar alimentos e consumi-los, a agroecologia vem ganhando cada vez mais espaço. Com o objetivo ampliar a interação da natureza e o homem, a ciência, ainda em expansão, pretende revolucionar a produção de alimentos.

Segundo a reportagem da Agência EFE, agricultura ecológica e agroecologia são dois conceitos diferentes. Enquanto a primeira se refere ao cultivo de produtos procedentes do campo sem o uso de tóxicos, que não só contaminam o ambiente, mas carecem das propriedades alimentares que em sua origem possuem esses alimentos, a agroecologia é uma forma de vida para seus praticantes.

Para Juan Felipe Carrasco, responsável de Agricultura e Alimentação do Greenpeace, a agricultura ecológica "não só produz alimentos, mas também bens e serviços agrícolas que mudam completamente o paradigma do modelo de agricultura industrial que consome petróleo, plásticos, e que contamina e destrói o solo porque é a agricultura baseada em máquinas e não em pessoas".

Vantagens

Juan Felipe cita três razões para defender a agricultura ecológica. Para ele, uma delas é a diferença fundamental entre a agricultura convencional e a ecológica é que na segunda não se contempla o uso de substâncias tóxicas ou químicos sintéticos, salvo alguns que estão autorizados porque sua toxicidade é praticamente nula.

Em segundo lugar, afirma o Carrasco, a fertilização na agricultura ecológica é baseada nos equilíbrios naturais, onde as plantas são alimentadas porque o solo está vivo. "O solo tem uma série de seres vivos que reciclam os restos das colheitas anteriores ou captam gases da atmosfera para poder distribuí-los entre as plantas. Definitivamente, tudo o que pode oferecer um subsolo vivo. Na agricultura industrial, os produtos químicos e adubos industriais que provêm do petróleo matam tudo o que há de vida no solo. Quando estes produtos deixam de ser jogados no campo, este já não pode produzir nada", acredita o ecologista.

A terceira característica da agricultura ecológica tem a ver com a energia. Como explica o responsável do Greenpeace, "a agricultura ecológica quase não tem consumo energético procedente do petróleo, por isso que é muito pouco geradora de mudança climática. Ao contrário da agricultura industrial que se calcula que em nível planetário produza grande parte dos gases do efeito estufa, entre outras causas por causa de seu consumo de petróleo".

Tradição

Para os praticantes da agroecologia, o conceito vai muito além da atividade agrícola, e tenta envolver o ser humano com a natureza, dessa maneira que a produção agrícola faça parte intrínseca com o entorno social e cultural dos indivíduos.

Carrasco ressalta que "é um movimento ideológico e político, onde o papel das pessoas é muito importante. A agroecologia tenta conservar as redes sociais que mantiveram o campo vivo há milhares de anos e que desde a chegada da revolução industrial está desaparecendo", afirma Carrasco.

Segundo o ambientalista, “as cidades são enormes consumidores de recursos e geradores de resíduos. No entanto, a população rural tem um papel muito mais sustentável enquanto vive apegada ao território. Por isso, é muito importante tudo o que tem a ver com a propriedade da terra e é fundamental a devolução da propriedade para quem a trabalha, a divisão da renda agrária e as subvenções políticas às pessoas que estão produzindo não somente alimentos, mas bens e serviços paisagísticos e ambientais”.

Os ecologistas acreditam que o modelo está tornando a vida rural atrativa novamente.

Com informações da Agência EFE

Consumo de carne cresce 20% com enormes impactos ambientais

Brasília (Segunda-feira, 17-10-2011) O consumo e produção de carne se mantêm em crescimento, de acordo com um novo relatório do Instituto WorldWatch, com impactos ambientais em larga escala ligados especialmente à propagação da criação industrial. Segundo o relatório, a produção global de carne triplicou desde 1970, e subiu em 20% desde 2000, com o consumo aumentando significativamente mais rápido do que a população global.

80% de terras desmatadas na Amazônia se tornaram pasto
“Muito do vigoroso crescimento na produção de carne é devido ao aumento da agropecuária industrial, ou criação industrial”, disse Danielle Nierenberg, pesquisadora do Worldwatch, em um comunicado à imprensa.

O impacto ambiental da produção de carne afeta desde o uso da terra até o consumo de combustíveis fósseis.

De acordo com outro relatório, de 2010, um quarto das terras do mundo é usado por 1,7 bilhões de cabeças de gado, enquanto um terço das terras aráveis do mundo serve para o plantio de grãos para a alimentação do gado. Enquanto isso, um bilhão de pessoas no mundo não têm comida suficiente, afirma a ONU.

A criação de gado também foi responsabilizada pelo vasto desmatamento. No Brasil, aproximadamente 80% das terras desmatadas na Amazônia se tornam pasto, pondo em perigo a biodiversidade global e os estoques de carbono.

A produção de gado também é uma indústria que consome intensamente grandes quantias de água, fertilizantes, pesticidas, herbicidas e combustíveis fósseis – que contribuem para a poluição global e degradação ambiental. O relatório descobriu que 23% da água do mundo usada para a agricultura vai para o gado. Os resíduos dos quase dois bilhões de animais de gado são um problema ambiental a mais.

Por fim, a indústria de gado é uma grande contribuinte nas mudanças climáticas. Um relatório passado estimou que 18% das emissões de gases do efeito estufa do mundo vêm da criação de gado, embora o número tenha sido questionado posteriormente. Ainda assim, o gado produz quantidades significantes de metano e óxido nitroso, ambos gases do efeito estufa mais potentes do que o carbono.

O relatório do Instituto Worldwatch argumenta que a criação industrial tem de longe o maior impacto no meio ambiente, e que o melhor seria se a indústria de gado se transformasse em uma produção orgânica.

“A produção de carne devidamente administrada – como a do tipo seguido em pequena escala por pastores em pastagens secas – poderia, na verdade, sequestrar dióxido de carbono. É principalmente uma questão de repensar a carne em ambas as extremidades do caminho de produção e consumo”, declara o presidente do Instituto Worldwatch Robert Engelman.

A riqueza tem um grande papel na quantia de carne que as pessoas consomem. No mundo em desenvolvimento, o consumo por pessoa é em média de 32 quilogramas de carne por ano.

No mundo industrializado, esse número salta para 80 quilogramas anuais, quase 250 gramas de carne por dia.  

Congresso Mundial do Trigo reúne especialistas no Rio

Rio de Janeiro (Segunda-feira, 17-10-2011) Termina amanhã no Rio de Janeiro, o 18º Congresso Mundial do Trigo. A expectativa é que o encontro reúna mais de 300 especialistas internacionais, além de ministros da Agricultura e representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Evento segue até amanhã e reúne especialistas que
discutirão mudanças no sistema de classificação
O congresso é promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e terá como tema central a saudabilidade, que destaca produtos mais saudáveis, como os sem aditivos, sem preservativos ou conservantes, antialérgicos, com baixa caloria e orgânicos.

Outro assunto importante para o setor será a mudança do sistema de classificação para o pagamento do trigo nacional que propõem a remuneração do produtor de trigo pela qualidade do produto e não mais pela quantidade (medida pelo teor de proteína ou glúten).

“Além de discutir aspectos sobre saudabilidade, produção, consumo, importação e tendências de mercado, o Congresso também se propõe a fortalecer e estreitar os elos da cadeia produtiva do trigo, proporcionando ambiente para que governo, produtores, processadores e até consumidores possam discutir suas demandas, dificuldades e encontros caminhos para vencer desafios em conjunto”, disse o presidente da Abitrigo, o embaixador Sergio Amaral.

Paralelamente ao evento, será promovida a Feira de Negócios, com a apresentação e oferta de novos produtos, equipamentos e tecnologias de ponta.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Paulínia terá sistema de coleta seletiva mais moderno

Paulínia (Sexta-feira, 14-10-2011) Paulínia é a primeira cidade do Brasil e da América Latina a implantar a coleta soterrada, um sistema totalmente inovador, que proporciona uma coleta eficiente e rápida, promovendo limpeza, saúde e sustentabilidade, sem ocupar espaço nas vias públicas.

Nessa primeira fase serão implantados 25 jogos compostos de duas lixeiras cada, sendo um para resíduos seletivos (papel, plástico, alumínio) e outro orgânicos (alimentos), ambos com identificação adequada e localizados em pontos estratégicos da cidade como Prefeitura, centro comercial - avenida José Paulino - do cemitério municipal a antiga rodoviária, Hospital Municipal, Centro Geriátrico José Pavan e Complexo Rodoshopping.

Esse sistema de coleta, chamado de Meclix, já utilizado em alguns países da Europa, é composto por uma cuba estanque de concreto, um contêiner de plástico, uma tampa com acabamento e uma lixeira de aço inox com o fundo falso. Todos esses equipamentos são duráveis e testados de acordo com as mais rigorosas normas.

Cada contêiner tem capacidade para receber até três mil litros de lixo. Quando o contêiner estiver próximo de atingir a capacidade máxima, um sensor é acionado automaticamente e a equipe de recolhimento receberá um chamado para realizar o esvaziamento do mesmo.
Apenas o funcionário da empresa de limpeza possui a chave para a abertura da base. Ao levantá-la, ele prende o contêiner que está abaixo da superfície na grua do caminhão e o contentor esvazia-se através do sistema universal de volteio, retornando ao espaço subterrâneo. Essa operação dura em média, três minutos.

“Esse sistema contribui para os projetos de coleta seletiva da cidade, reduz o entupimento de bueiros causado pelo lixo espalhado pelas ruas, proporciona segurança aos profissionais envolvidos, uma vez que eles não entram em contato direto com os resíduos no momento da coleta e as calçadas de Paulínia ficarão mais limpas”, diz o prefeito José Pavan Junior.

A estimativa é que o novo sistema se coleta esteja pronto e em funcionamento ainda este mês.

Com informações da Revista Exame